“O Menino da Internet: A História de Aaron Swartz” (The Internet’s Own Boy: The Story of Aaron Swartz) é um documentário sobre sua vida deste jovem programador americano, coautor da especificação RSS e um dos fundadores do Reddit, que em 2014, aos 26 anos, se suicidou. Dirigido por Brian Knappenberger, o filme conta como Aaron contribuiu em questões importantes da internet atual e participou de discussões sobre a pirataria e o acesso à propriedade intelectual na rede, nos Estados Unidos.

 

Aaron baixou e tentou disponibilizar 5 milhões de artigos da JSTOR, serviço que só permite acesso mediante assinatura. Tal questão o levou a uma batalha judicial com o governo americano, que resultou em seu suicídio – ele poderia pegar uma pena de mais de 30 anos e uma multa milionária.

 

Aqui vão os meus destaques sobre esse documentário:

  1. Como um indivíduo é capaz, hoje, de influenciar o mundo, de transformá-lo a partir de seu propósito. É um grande exemplo de uma pessoa que, em sua jornada, foi descobrindo o seu propósito e, principalmente, foi FAZENDO, caminhando em sua direção!

 

  1. E, ao caminhar em direção ao seu propósito, se deparou com o sistema… Aaron começou a questionar premissas fundamentais do sistema e, mais do que reclamar, agiu… Claro que, para toda ação, existe uma reação e, assim, sofreu as consequências duras dessa reação do sistema. Mas apesar do fim trágico, em toda a sua trajetória, ele alterou e influenciou o sistema.

 

  1. A dualidade: em certo trecho há uma entrevista com Aaron, na qual é questionado se a internet é boa ou má para a sociedade. Sua resposta é brilhante: “Ela é boa E má, assim como nós seres humanos. A internet, por ser livre, é apenas um reflexo de nós mesmos.”

 

  1. Um grande exemplo como o mundo vem mudando… Um mundo novo vem emergindo, no qual indivíduos se organizam livremente e juntos são capazes de criar, alterar a realidade. Por mais que o sistema, o status quo resista, é um caminho sem volta.

 

No fim do documentário você pode até ficar triste e dizer: “Mas o cara morreu!”. Por um instante até pensei isso. Mas em seguida, sentado no sofá, refletindo em silêncio, tive a sensação maravilhosa de que Aaron cumpriu sua missão aqui nesta dimensão. A morte, nesse sentido, não foi um fim ruim, apenas o término de um ser de luz aqui nesse planeta.

Obrigado, Aaron, por seus ensinamentos.